terça-feira, 14 de maio de 2013

Vida e obra
            Luiz Antonio Aguiar nasceu no Rio de Janeiro. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC-RJ. Sempre gostou de ler e, por muito tempo, ganhou a vida escrevendo roteiros para histórias em quadrinhos e pocket books de faroestes. O autor realiza oficinas de leitura em diversos estados brasileiros, e também é um dos fundadores da Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ). Já ganhou diversos prêmios, como um Jabuti (1994), menções Altamente Recomendável da FNLIJ, o White Ravens (2008), entre outros. Pela Editora Biruta, ele já publicou Brincos de ouro e sentimentos pingentes, O maior mágico do mundo, Bruxas, Beijos e Outros Encantos, Meu Amigo Indiozinho, Espada Turca e O Baú do Tio Quim; pela Editora Gaivota publicou O Menino e o Grifo. As Origens da Língua Portuguesa
            A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e da influência árabe e das tribos que viviam na região. Sua origem está altamente conectada a outra língua - o galego-, mas o português é uma língua própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis, ela ainda tem sua identidade única, sem a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão difundida como agora é o inglês.
            No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram-se Portugal e Espanha. Ambos eram domínios do Império Romano há mais de 2.000 anos, e estes conquistadores falavam latim, uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto, usado pelas pessoas cultas de Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela população em geral. Isto aconteceu porque a população local entrou em contato com soldados e outras pessoas menos cultas, não magistradas.
            Evidentemente, não podemos simplesmente desprezar a influência linguística dos conquistados. Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua. Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitos termos nos romanços (do latim romanice, que quer dizer "falar à maneira dos romanos"), até a Reconquista. Este processo formou vários dialetos, que são os romanços. Quando o Império Romano caiu no século V, este processo se intensificou e vários dialetos foram se formando. No caso específico da península, surgiram dialetos que acabaram se tornando línguas, como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península). Foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde, uma língua falada apenas na região de Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV, na época da Reconquista. Após esse período, foram aparecendo, cada vez mais, diferenças entre o galego e o português. Este último era falado no sul da faixa ocidental da província, na região de Lisboa. Esta língua consolidou-se com o tempo e com a expansão do Império Português.
Lusofonia
(luso- + -fonia)
 
1. Conjunto político-cultural dos falantes de português.
2. Divulgação da língua portuguesa no mundo.
3. Condição de lusófono.

Significados de Lusófono:

1. Lusófono

Por Felipe Ribeiro Silva (DF) em 27-08-2009
            Lusofonia é o conjunto de identidades culturais existentes em países falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo. Alguns grupos reintegracionistas reclamam que a Galiza também faz parte da lusofonia.
            Portanto, lusófono significa "da língua portuguesa" ou "de língua portuguesa"..

            Não confundir com lusitano ou luso, que indica origem da Lusitânia ou seus moradores, ou seja português de Portugal. Apesar de que Lusitânia é um nome errado para Portugal pois a província romana da Lusitânia não corresponde ao território de Portugal apesar de que os povos que aqui habitaram são a base etnológica dos portugueses do centro e sul. Conjunto dos falantes de português. Conjunto das identidades culturais existentes entre os sete países de língua oficial portuguesa
 
Tabela dos Países que tem como Língua Oficial Portuguesa
Países
Área
População
 % total de falantes
10 740 678
243 351 318
100%
8 510 767,049
192 376 773
78,58%
801 590
21 397 000
8,85%
1.246.700
15 941 000
6,59%
92 090
10 848 692
4,48%
36 544
1 586 000
0,66%
14.874
947 000
0,39%
28 051
676 000
0,28%
28,6
538 000
0,22%
4 033
420 979
0,17%
1.001
157 000
0,06%


























Luís de Camões
            Poeta português (Lisboa ou Coimbra, c. 1524 – Lisboa, 1580), um dos vultos maiores da literatura da Renascença. Sua obra se coloca entre as mais importantes da literatura ocidental.
            Luís de Camões é considerado o poeta português mais completo de sua época, ou até mesmo de toda a literatura de língua portuguesa. É assim considerado não somente por ter feito uso de quase todos os gêneros poéticos tradicionais, mas também pela amplitude dos temas de que tratou e pelo excepcional domínio da língua. Camões manipulou todos os recursos da língua portuguesa, ampliando enormemente seu campo de expressão.
            Na obra de Camões, a língua portuguesa passou a expressar sentimentos, sensações, fatos e idéias de uma forma que até então não fora alcançada por ninguém. Sua posição de destaque entre os poetas portugueses de seu tempo é devida também ao fato de em sua obra estarem presentes tanto o humanismo como a expansão ultramarina, isto é, os dois elementos que caracterizaram o Renascimento português.
            Tornou-se célebre não somente por ter escrito Os Lusíadas, longo poema épico que reflete toda a história e cultura de Portugal até a data em que o poema foi composto, mas também por sua obra lírica, constituída por vários tipos de poemas, entre os quais os mais famosos são certamente os sonetos. Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura, mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebéias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastiãopelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
            Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cômico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura européia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.
Machado de Assis
        Quando pensamos sobre a obra de Machado de Assis temos a certeza de que ela ilustra uma riqueza cultural, que poderíamos classificar de genuinamente brasileira, pois o escritor era um homem que se identificava com o seu país, com os espaços cariocas e sua geografia física e humana, dando a seus leitores um painel social e psicológico da atmosfera brasileira da corte do ll Império. Sua terra e seu tempo se deixavam transparecer nos seus escritos, de forma lúcida e questionadora, através de inconfundível estilo, peculiarmente singular, que aliava clareza e correção de um verdadeiro mestre da língua portuguesa a uma fina ironia, própria de um verdadeiro filósofo que faz do questionamento um caminho para a gnose. Mesmo após cem anos de sua morte (29/09/1908), ainda hoje encontramos eco de atualidade em sua obra, pois Machado utilizava-se de histórias do cotidiano, fixando seu olhar e sua pena nos relacionamento pessoas e sociais, e assim refletia, artística e teoricamente sobre o que se desenrolava à sua volta, tecendo seu discurso com ironia e humor insuperáveis. Humor e ironia machadianos são puramente filosóficos, o que lhe confere uma notável modernidade.
                 O escritor observava uma situação, pensava, refletia sobre ela e com isso surgia um pretexto para fazer seu comentário, através da criação. Nada lhe ficou omisso. Se o discurso é prática social cristalizada e modelada por uma visão de mundo, o discurso machadiano o comprova. José Guilherme Merquior menciona que a grandeza de Machado consiste justamente em ter posto os instrumentos de expressão do primeiro Oitocentos, explorados pelos nossos autores românticos, a serviço do aprofundamento filosófico da nossa visão de mundo e da nossa maturidade poética, em sintonia com a vocação mais íntima de toda a literatura ocidental. Foi com Machado que a literatura brasileira entrou num diálogo decisivo com outras vozes da literatura ocidental, vozes que lhe eram ancestrais ou contemporâneas. Porque soube ouvir todas essas vozes, é que Antonio Houaiss pôde considerá-lo como um raro exemplo de equilíbrio dinâmico da língua literária, da sua mediação plástica entre o antigo e o moderno, o culto e o popular. Se suas obras apresentam um quadro referencial culto, através de citações e alusões à literatura, à música - principalmente a ópera - e às artes plásticas, dela o popular também não se encontra ausente. M. Cavalcanti Proença ressaltou que Machado dava amostras convincentes do uso vivificante de recursos expressivos impessoais e anônimos, como, por exemplo, de frases feitas, de clichês verbais, dando-lhes um sempre novo colorido.

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